Resgate de cães e gatos abandonados requer cuidados especiais

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Docente do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera destaca pontos de atenção ao salvar animais de rua.

O número de cães e gatos abandonados nas ruas aumentou com a pandemia de covid-19. Segundo estudo realizado pelo Instituto Pet Brasil, a presença de animais domésticos em situação de vulnerabilidade aumentou de 3,9 milhões em 2018 para 8,8 milhões em 2020. O quadro sensibiliza a população, que se sente estimulada ao resgate e adoção, ações que requerem cuidados especiais.

De acordo com a docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, professora Vanessa Lowe, o senso de responsabilidade deve imperar nessa atitude e, ao regatar algum bichinho, é imprescindível fazer uma visita a um médico-veterinário antes de levá-lo para casa. “Os primeiros cuidados de saúde, como a vermifugação e as vacinações, serão tomados por um especialista qualificado”, ressalta.

Senso de responsabilidade deve imperar nos resgates a animais abandonados, afirma docente da Anhanguera – Foto: Divulgação

O profissional irá identificar, também, possíveis problemas para o convívio com outros animais. Caso o tutor já possua cachorros ou gatos, é importante que o novo pet seja isolado até receber o aval do especialista que confirme que não haja nenhuma doença infecciosa. A docente da Anhanguera destaca os 4 principais pontos para realizar um resgate:

Aproximação. Manter uma postura tranquila pode auxiliar na aproximação de um animal abandonado. Embora sejam dóceis, em sua grande maioria, é possível que eles tenham passado por situações de maus-tratos e sejam ariscos com humanos, principalmente no caso dos felinos. É importante ter atenção para preservar a integridade física tanto do bichinho quanto do próprio resgatador.

Identificação. É possível que cachorros ou gatos nas ruas tenham donos e estejam perdidos por alguma razão. É necessário conversar com as pessoas das redondezas, avaliar a aparência (principalmente se estiverem saudáveis) e verificar o porte de coleiras para evitar transtornos. Caso haja sinais de negligência, é preciso abrir denúncia nos órgãos competentes.

Adaptação. Após ter sido avaliado por um médico-veterinário, é preciso que haja paciência para que o animal consiga se adaptar ao novo ambiente. Se o bichinho estiver com curativos ou precise passar por um período de reabilitação, é recomendado deixá-lo em um local isolado e seguro, com água e comida. Algumas alterações comportamentais podem surgir e, nessa situação, é necessário o retorno à uma clínica veterinária.

Responsabilidade. O abandono de animais é considerado crime na legislação brasileira, portanto, o resgatador deve avaliar se tem condições para se tornar tutor de um pet e arcar com as responsabilidades desse ato. Caso não seja possível manter os cuidados, é preciso procurar por alguém interessado na adoção.

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